segunda-feira, 30 de abril de 2012
Carta para um poeta
Prezado poeta
Não sei bem como começar
esta correspondência. Sempre pensei em como seria incrível quando
encontrasse alguém com os mesmos olhos e sorriso meus. O mesmo brilho e
ardor alucinado.
Que alegria
poder desvendar a minha alma na tua...
É claro que te entendo. Sei muito bem o que é se sentir nu
numa terra de casacos de pele. Compreendo a tua sensibilidade, a
tua subjetividade, o teu idealismo. Reconheço os teus momentos
de introspecção e solidão.
Isso
não significa que somos infelizes. Pelo contrário, sabemos bem o que é
uma alegria pura. Pois, apenas pessoas como nós, tem uma percepção
fotográfica para o pôr do sol, para as oliveiras e para a poesia...
Sinto, que se quisesse, poderia passar uma
vida conversando contigo.
Se
existe aquilo que alguns chamam de alma, nós somos irmãos de espírito
separados por anos de distância.
Já
te quero bem. E quero dizer o quanto você é adorável. Digo isso como se
estivesse olhando para um espelho.
Fica bem que eu também fico.
Fica bem que eu também fico.
Da sua
amiga
Michele P.
Com carinho.