quarta-feira, 21 de setembro de 2011

#A Minha estrada.#


foto: Plínio Velhus

Coisas da vida

Coisas da vida

Coisa da vida é estar morto e continuar a viver
Coisas da vida é sonhar acordado
Ficar feliz mesmo em meios as muitas tristezas

Coisas da vida é esperar
Esperar...
Esperar pelo que de nada adianta
Escolher ou esperar entre uma vida sem muitas aventuras
Ou a desnudez do mundo

Errado na vida é acordar amanhecendo com o Sol ao fim
E dormir no belo anoitecer da alma

Deixando de apreciar a linda noite
Em seu romantismo gelado e culto
Que em seu silencio inspira-me e respira-me
Consumindo-me em sonhos, palavras, paixões e poesias.
E mais uma vez em meio a minhas melancolias

Como podemos não apreciar um doce e calmo amanhecer
Sem a presença de um imenso e espreguiçante sono
Vivendo de perto um nascer mais lindo
De mais um repetitivo dia da mais rotineira vida

Como posso deixar essas coisas me calarem
Sem que eu ao menos possa gritar de como é bom estar vivo

E jamais deixar de reparar a simplicidade das pessoas nas praças
Nos metrôs da vida, nos trens pré-destinados por um caminho sem opções.

Como posso fechar meus olhos sem antes reparar em ti, oh! Vida!
Desde o casal de namorados sedentos a escorar os muros das escolas
Até as muitas famílias que a muito se esperam para reunir-se

Como posso deixar de te sentir ah! vida
Sua insensível brisa que me resseca e me cortam os lábios soberbos
Que em cima de uma moto me sinto como dantes nunca sentido

Como se a cada tempo e espaço
Aumentaste em grau e velocidade seu preciosismo de mim para ti

Como é bom estar vivo vida
De poder dormir tarde sem se preocupar com você
E mesmo assim lhe amando

Presente nisto vejo
Que para cada encontro
Há um encanto

Sem me apressar.
E para cada encanto
Um sonho

E continuo a esperar
Para cada sonho
A felicidade

E mesmo sem querer
Para cada felicidade
Uma história

Essa é a minha.

Plínio Velhus
22/09/2011 – 02h00min da madrugada.

pliniovelhus.blogspot.com