terça-feira, 1 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Carta para um poeta

Prezado poeta

Não sei bem como começar esta correspondência. Sempre pensei em como seria incrível quando encontrasse alguém com os mesmos olhos e sorriso meus. O mesmo brilho e ardor alucinado.
Que alegria poder desvendar a minha alma na tua...
É claro que te entendo. Sei muito bem o que é se sentir nu numa terra de casacos de pele. Compreendo a tua sensibilidade, a tua subjetividade, o teu idealismo. Reconheço os teus momentos de introspecção e solidão.
Isso não significa que somos infelizes. Pelo contrário, sabemos bem o que é uma alegria pura. Pois, apenas pessoas como nós, tem uma percepção fotográfica para o pôr do sol, para as oliveiras e para a poesia...
Sinto, que se quisesse, poderia passar uma vida conversando contigo.
Se existe aquilo que alguns chamam de alma, nós somos irmãos de espírito separados por anos de distância.
Já te quero bem. E quero dizer o quanto você é adorável. Digo isso como se estivesse olhando para um espelho.
Fica bem que eu também fico.
Da sua amiga
Michele P.
Com carinho.
 
 
 
 

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