quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Meu doce Novembro, minha doce e viva vida!


Foto: Plínio Velhus

Meu doce Novembro

Meu doce Novembro

Oh doce novembro que se esconde por detrás de meses
Que só existiram depois de você

Meu meigo tesouro branco que se esconde após as trevas
Seu tocar caliente é como o mais doce e denso sereno
Que em nossos desejos me prendem em musicas palavraseada incutidas em seus lábios

Lábios estes, que brilham me atraindo como se de hora fossem o que mais importasse no mundo.
Fazendo-me esquecer que após algumas horas, que já não estarei mais ouvindo o eco de suas palavras em meus ouvidos.

Ou captando balançar de seu linguajar misturado ao silencio abrupto de minha fala.
Que mista um encontrar de línguas que me ensina o idioma dos apaixonados.

Meu doce e amargo veneno, eis que a vida é seu sobrenome.
E seu nome por inteiro é um misto de desejo, paixão e calor.
Que todo homem sonha em seu intimo descobrir.

Eis que em seus abraços encontro-me e em você encontro quem realmente sou
Encontro-me na certeza que tu já mais serás de outro alguém como foi minha

Que já mais suspirara com tanta certeza e volúpia como somente comigo
E dessa forma o tempo e as horas nunca fará diferença alguma em nossas lembranças

Momentos únicos que para sempre ficará marcado em nossas almas
Seja para o bem, seja para o mal.

E a saudade impar que ficará
Jamais conseguirei sentir igual
Pois nossa oportunidade veio e se foi
Assim como nossos olhares
Vontades e desejos sinuosos

Lembro-me ao olharmos profundamente,
Olho a olho, rosto a rosto.
Diretamente, e mesmo sem querer.
Insistimos em olhar para horizonte que se esconde por trás dos montes
Buscando também esconder o que de mais grandioso pudesse acontecer.

Afim de não entregarmos as premissas dos apaixonados.

E nesses olhares a sombra da duvida se dissipou
E a paixão e o desejo nasceram em meio aos seus sonhos e aos meus pesadelos

E a noite era como dia para você
E o dia como noite para mim

E dessa forma nos demos por completo.
Numa intima e demorada conquista.

Tu és a estrela que a mim pertenceu
E eu infinitamente terei para sempre, a estrela que Sempre pensei em ter.
Uma estrela que caíste em meu mundo com um presente dos Deuses.

A minha mais brilhante estrela, vermelha como carmesim, branca como a neve, mais de alma marcada para sempre pelo colorido da vida.

Plínio Velhus – São Paulo, 16 de novembro 2010.
23h28min

E ao enquanto e ao vento


Foto:Plínio Velhus

Permaneço ao Enquanto

Permaneço ao Enquanto

Permaneço acordado enquanto o tempo me abraça com o mais forte dos abraços
Um abraço que me aperta o coração e a alma ao perceber que as coisas vem e vão, se criam e acabam, nasce e morre sem quem eu possa fazer nada,.

Impotente concordo com a cabeça a cada minuto que passa, passa também as oportunidades que agregadas aos segundos passam sem que meu raciocínio apegado as horas consiga perceber.

E o que posso tentar fazer é minimizar tudo sendo feliz com o que posso viver, feliz com as experiências que posso provar, e saudosista e melancólico com as coisas que se passam e eu não posso sentir e muito mais pesaroso ainda pelas coisas que sei que chegará, e se esquivará para alem daquilo que posso obter ou alcançar, sem que eu tenha a oportunidade de abraça-las.

E nada, nada mais me mostra o que posso fazer, pois sou homem, me chamo coragem e desafio era meu apelido carinhoso quando criança, e sei que se não posso ter tudo, eu posso fazer do tudo que eu tenho o tudo aos outros e a mim mesmo.

Apenas sei que a musica mostra-me como sou, e o que quero.
Mais somente o caminho não trilhado de nada me serve.

Viver por viver, vivo eu comigo e com meus medos, o que mais desejo é viver com a vida sabendo que a morte esta a caminho, renascendo em mim a cada ciclo o renovo da emoção e da beleza.

Sim, o renovo da eloquência do vento a cantar por entre meu ouvidos, a persistência do Sol a me acompanhar, e a me acordar para a luz, do renovo das cores mais coloridas e vivas, que brotam em minha frente e para onde quer que eu olhe, do renovo do passado que ainda em sephia não consegue esconder de si mesmo sua importância, sua relevância.

Podem musicas serem cantadas sem o encanto?
Podem palavras dizer o que não se sente?
Assim como de fato pode um homem ser livre estando preso?

Alegria minha e dos passarinhos que podem viajar para onde quiserem
Sem se preocupar com o nada nem com os nadas, nem com os todos.
Mania de controle e de planejamento que temos?
De nada nos servem.

Feliz eles, que vêem tudo e a todos, e vêem muitos todos e muitos tudos, bastando apenas Voar.

Viver a vida... sim, estou aprendendo a bater asas!!!


Plínio Velhus
São Paulo - Novembro 2010.

pliniovelhus.blogspot.com