O Recato de Érika
Vejo pela janela os meus olhos caminhando pela calçada
Em meio às lamentações dos muros pichados
Em meio às folhas caídas ao triste cinza das ruas
De repente avisto uma mulher mais linda
E logo penso ser você
Subo o olhar e de relance vejo tua beleza
Pelo ato de sentar do meu lado percebo que és uma amante dos contos românticos
Como fui há muito tempo atrás
Olho-te nos olhos
E a certeza se mistura a duvida infinita da minha vida
Tu continuaste a ler
Linda e inopera
Os minutos se passam
Assim como as arvores ao meu lado
E para minha agonia
Passo a ser mais uma paisagem das muitas que suspiram ao olhar para você
Logo penso
Não é você
Sinto-me confuso e descontente em meio a minha busca
Repentinamente você arruma o cabelo e me pergunta as horas
Fico a te olhar e a observar seu jeito
De como movimenta seus lábios
E de como estão brilhantes
E como seus cabelos são sedosos e bonitos
Tudo me espreita em meus estintos
E por algum instante você observa o que escrevo
Logo penso
Mais uma admiradora da desolada tristeza e lamento humano
Viro-me
Você se levanta e vai embora
Descendo do carro sem ao menos olhar para trás
E assim continuo minha viagem
Sempre em busca de ti
Em meios a carros e as velhas arvores incrustadas no asfalto
Essas sim são testemunhas de meu amor
Sim! Testemunhas do meu zelo para te encontrar
Sempre buscando em meios aos muitos olhos
Sempre te confundindo em meio a tantas mulheres cruéis
Que por fim só alimentam mais ainda a esperança de encontrar-te querida
E o fim?
Ah o fim.
Ele nunca é o fim exatamente
Ele deveria se chamar começo
E sempre serão vários começos e recomeços
E o tal fim só existirá de fato
Quando eu a tiver em meus braços para todo o sempre
Até breve querida!
Plínio Velhus
SP – São Paulo
09/04/2009
2 comentários:
Não sei se curiosidade mata, mas não quero por isso à prova, rs.
Olá, aqui é a Érika do dia do ônibus, gostei da sua escrita...
meu e-mail: erika.lcorrea@hotmail.com
Bjos
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